Acesso é ferramenta chave para crescimento da indústria automotiva brasileira
Os fabricantes necessitam de acesso a uma melhor diversidade de fornecedores, matérias primas e mão-de-obra para manterem-se competitivos em escala global e para protegerem-se contra flutuações regionais nos preços de commodities, os quais são freqüentemente afetados por instabilidade econômica e política.
Isso freqüentemente significa procurar fontes fora de seu país de origem ou até mesmo utilizar uma variedade de países, dependendo das flutuações regionais de preço e disponibilidade. Algumas das maiores e mais lucrativas empresas do mundo já adotaram um modelo flexível de gerenciamento de cadeia de suprimentos a fim de otimizar suas necessidades logísticas e criar uma concorrência diferenciada.
Nesse contexto, a cadeia global de suprimentos tem sido de importância crucial para o desenvolvimento da indústria de manufatura, permitindo que se adapte às mudanças na dinâmica da economia global. À medida que aumenta a fatia de mercado dos produtos manufaturados negociados internacionalmente (McKinsey prevê que tal fatia deverá aumentar em 20% a 80% até 2020), o acesso a soluções de transporte flexíveis e confiáveis se tornará ainda mais importante.
Especificamente no caso da indústria automotiva, os fatores são favoráveis para manter o atual crescimento global, apesar dos crescentes custos de commodities e da volatilidade econômica. Parte do motivo desse otimismo é um maior acesso aos mercados globais através de logísticas just-in-time e de um aprimorado gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Permanecer bem sucedido na atual economia tem seus desafios. Os preços de commodities aumentam continuamente e o real mais forte está dificultando a competitividade das exportações brasileiras. Recentes previsões indicam que os agressivos mercados de petróleo, gasolina e aço não deverão arrefecer tão cedo. E esse enorme crescimento que ocorre atualmente na Índia e na China está também impulsionando o aumento constante nos preços das commodities. Entretanto, estes não são os únicos fatores para o sucesso ou para a derrota da indústria automotiva. Há outros fatores que afetam esse cenário e que servirão para estimulá-lo nos próximos anos.
Por exemplo, a demanda de motores na China está prevista para crescer a passos tão largos que deverá eclipsar a demanda do Japão, tornando a China o segundo maior mercado do mundo até 2009. Além disso, espera-se que o mercado mundial de automóveis cresça em 13% no mesmo período. E mais, o álcool está desempenhando um papel significativo no desenvolvimento econômico da indústria automotiva brasileira, e o Brasil é atualmente o segundo maior produtor de álcool do mundo, depois dos EUA. Na verdade, de acordo com a Dow Jones, o Brasil tem, sem dúvida, potencial para tornar-se o líder mundial na produção de álcool devido à alta eficiência no processamento da cana de açúcar, comparada com o milho utilizado pelos produtores americanos.
Com base nesses indicadores positivos e em uma série de acordos de livre comércio já implementados, ou ainda pendentes, incluindo a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), esta é uma época muito boa para o crescimento da indústria – e esse crescimento já está sendo visto em muitos países da América Latina. Com um potencial de crescimento tão forte nas Américas, como a indústria automotiva pode tirar o máximo proveito da crescente demanda de automóveis?
Há 30 anos atrás, quando a FedEx lançou o conceito pioneiro de entrega em um dia, ela revolucionou a maneira pela qual as empresas gerenciavam suas cadeias de suprimento e, o transporte moderno, se beneficia com o contínuo aprimoramento da infra-estrutura global, que aumentou o potencial de crescimento através de maior acesso.
A SRI International, uma das maiores organizações independentes de pesquisa e desenvolvimentos de tecnologias do mundo, conduziu um estudo em 2006 intitulado “The Power of Access”, o qual concluiu que o acesso tem três componentes: tempo, espaço e informação. O estudo concluiu que o acesso é diretamente relacionado ao comércio, crescimento, estabilidade econômica, redução da pobreza e capacidade operacional das empresas. Patrocinado pela FedEx, o relatório também criou um ranking de 75 países, de acordo com seu poder de acesso a bens, serviços e informação, utilizando 22 indicadores-chave. O Brasil ficou em 5º lugar na América Latina e em 47º lugar entre os 75 países analisados.
Para que o Brasil continue competitivo no mercado mundial de automóveis, o país precisa continuar a investir em infra-estrutura e em um modelo global de produção e suprimentos. É vital que o Brasil aproveite as variações em custos regionais de produção, pois isso é uma proteção contra as flutuações nos custos de commodities e mão-de-obra. Um maior acesso às melhorias em produtividade, tecnologia e informação pode tornar isso possível.
Sobre o Autor
Guilherme Gatti é Diretor de Marketing e Comunicação Corporativa da FedEx Express, Divisão da América Latina e Caribe, com sede em Miami, Flórida. Seu cargo inclui a supervisão de todos os programas de marketing, publicidade e propaganda, gerenciamento de marca, alianças corporativas e comunicações internas e externas para a região da América Latina e Caribe.
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